AACD promove live com especialistas para alertar sobre o risco da volta da Poliomielite ao Brasil

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Médicos da Instituição e da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) compartilharam informações valiosas sobre a pólio e destacaram a importância da vacinação em um bate-papo que também contou com o relato de pacientes vítimas da doença

Na semana em que se celebra o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a AACD promoveu uma live especial sobre o tema, com o intuito de discutir o risco da volta da doença ao Brasil. A importância da cobertura vacinal e as consequências da reintrodução da doença sob a ótica da reabilitação foram a base da discussão transmitida no canal da AACD no YouTube.

O bate-papo adotou o formato de mesa de debate, intermediado pela jornalista Mariana Kotscho, que promoveu o uso da hashtag #VacinarParaNãoVoltar. “Quando estamos bem informados, conseguimos promover a prevenção, passando informações de qualidade e credibilidade para outras pessoas”, afirmou.

A primeira parte da live teve como tema a cobertura vacinal contra a pólio e o risco de retorno da doença ao Brasil, contando com a participação da vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Dra. Isabella Ballalai, que explicou sobre as etapas da vacinação contra a poliomielite:

“O esquema vacinal mínimo é composto por três doses no primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses) e duas doses (aos 15 meses e aos 4 anos), que são obrigatórias para realmente proteger uma criança, principalmente agora que o Brasil é um país com altíssimo risco para o retorno da poliomielite”, esclareceu.

O Dr. Ary Hadler, médico pediatra da AACD, falou sobre os sintomas e sua experiência no tratamento de casos graves de pólio na década de 1970, deixando clara a importância da vacinação: “Nós temos que seguir o esquema de vacinação promovido pelo Ministério da Saúde para termos uma cobertura completa e um risco muito pequeno, quase nenhum, de ter doenças.”

Já Elaine Araújo, psicóloga e paciente da AACD, que chegou a ser tratada pelo fundador da Instituição, Dr. Renato da Costa Bomfim, compartilhou sua história de vida e ressaltou a importância da conscientização: “A AACD tem um marco muito grande na minha vida, sendo que trabalha muito bem a prevenção para evitar a contaminação por doenças, dando um suporte enorme para as pessoas. Hoje eu caminho bem, não possuo sequelas no rosto e movimento os meus braços.”

A segunda mesa de debate se focou nas consequências de voltarmos a ter a pólio no Brasil e a preocupante demanda de reabilitação que poderemos ter, sendo que a Dra. Alice Rosa Ramos, superintendente de Práticas Assistenciais da AACD, fez uma análise sobre a situação da Saúde no Brasil: “Os pais e mães atuais não viveram a pólio e conhecem muitas poucas pessoas que tiveram a doença. Então, isso é uma realidade distante, o que faz com que com as pessoas relaxem e fiquem menos preocupadas, justamente devido a pouca convivência com pessoas sequeladas e o não conhecimento da gravidade dos quadros de pólio.”

O Dr. Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), apresentou as causas por trás das baixas coberturas vacinais: “A Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca os 5 C’s como determinantes pela hesitação vacinal: complacência, confiança, conveniência, comunicação e contexto.”

No final, Helena Michelon, organizadora de eventos e paciente da AACD desde 1998, que já passou por 13 cirurgias na perna direita, utiliza aparelhos ortopédicos e conta com uma cadeira de rodas motorizada para viajar longas distâncias, devido à poliomielite, lamentou o fato do Brasil correr o risco da volta da doença: “Receber essa notícia é muito triste. Eu sou sobrevivente da pólio e carrego no meu corpo as sequelas de uma doença irreversível. Os pais precisam ter consciência e as crianças tem que ser vacinadas, porque a pólio não pode voltar.”

Assista a live completa aqui.

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