Poliomielite: como funciona a nova vacina injetável?

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A partir deste ano, o esquema vacinal contra poliomielite, conhecida como paralisia infantil, mudou. A imunização não será mais por via oral, com as famosas “gotinhas”, e agora é somente com a vacina injetável. Assim, as crianças devem receber a imunização aos 2, 4 e 6 meses, além de uma dose de reforço aos 15 meses de vida. Com isso, não será mais necessária a dose adicional aos quatro anos, como era anteriormente.

Para a atualização, o Ministério da Saúde considerou critérios epidemiológicos e recomendações internacionais sobre o tema. A troca do meio oral para o injetável da vacina se baseia em evidências de que, em condições sanitárias ruins, a vacina oral pode levar a casos da doença derivados do imunizante, isso porque a vacina oral poliomielite (VOP) contém o vírus enfraquecido.

Em 2024, a cobertura da vacina inativada poliomielite (VIP), a injetável, foi de 88,5%, enquanto a da VOP, as “gotinhas”, foi de 87,7%, segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). A cobertura vacinal ainda está longe da meta do Ministério da Saúde, que é de alcançar 95%, índice não atingido no país desde 2016.

O que é poliomielite?

A poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos, por meio do contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. 

As principais sequelas da poliomielite são problemas e dores nas articulações, pé torto (conhecido como pé equino), crescimento diferente das pernas, osteoporose, dificuldade de falar, atrofia muscular, hipersensibilidade ao toque e paralisia de uma das pernas, dos músculos da fala e da deglutição. As sequelas são tratadas por meio de fisioterapia e da realização de exercícios que  desenvolvem a força dos músculos afetados, além de ajudar na postura, melhorando assim a qualidade de vida e diminuindo os efeitos delas. Eventualmente, indica-se o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e articulares.

De 1968 a 1980, o Brasil registrou 25.183 casos confirmados de poliomielite. Em 1980, o país iniciou a vacinação em massa da população, diminuindo a ocorrência da doença. Até 1989, ainda foram detectados 1.644 casos, até que nesse ano foi registrado o último caso da doença em território nacional.

Em 1994, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o Brasil livre da poliomielite. A infecção pelo vírus selvagem da poliomielite permanece endêmica no Afeganistão e Paquistão.

AACD e poliomielite

Quando a AACD foi fundada, em 1950, o Brasil passava por um surto de poliomielite. Como não existia vacina na época, havia uma grande demanda de crianças com paralisia infantil que precisavam de reabilitação. Até hoje, a Instituição recebe adultos e idosos que contraíram a doença na infância.

A AACD reabilita pacientes com sequelas da poliomielite através de atendimentos realizados via SUS, plano de saúde ou de forma particular. 

Repercussão na imprensa

Para abordar o novo esquema vacinal contra poliomielite e esclarecer dúvidas da população, o dr. Ary Hadler, médico pediatra da AACD, concedeu entrevista à Rádio EBC.

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