mosaico com imagens relacionadas à prevenção do diabetes e o titulo "Não Espere os sinais !

DIABETES, NÃO; PREVENÇÃO, SIM.

DIABETES, NÃO;
PREVENÇÃO, SIM.

Neste Dia Internacional do Diabetes, a AACD reforça a conscientização a respeito da doença, principalmente para mostrar a importância da prevenção. A data foi criada em 14 de novembro de 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com essa mesma intenção. A AACD, referência em ortopedia, neuro-ortopedia e na reabilitação de pessoas com mobilidade reduzida permanente ou temporária, realiza mais de 2 mil atendimentos por ano de pacientes com sequelas do diabetes, sendo a mais comum delas a amputação de membros inferiores.

O que é o diabetes?

O diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da glicose (açúcar) no sangue. Ela ocorre porque o pâncreas não produz insulina suficiente. A insulina é um hormônio que promove a redução da glicemia (concentração de glicose) ao permitir que o açúcar presente no sangue possa penetrar as células, para ser utilizado como fonte de energia. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), o distúrbio atinge quase 600 milhões de adultos (entre 20 e 79 anos) no mundo todo. No Brasil, o número chega a 16,8 milhões dentro dessa mesma faixa-etária, fazendo o país o 5º lugar em incidência da doença.

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Fatores de risco

Pressão Alta
Colesterol Alto
Doenças renais crônicas
Pressão Arterial Elevada
Familiares com Diabetes
Problemas Emocionais
Alimentação com baixa ingestão de frutas, verduras e legumes

Tipos de diabetes

O diabetes mellitus tem algumas variações e as mais conhecidas são a do Tipo 1 e Tipo 2, sendo esta última a que mais afeta a população. Saiba quais as características de cada uma e como diferenciá-las:

Diabetes tipo 1: doença crônica responsável pela destruição das células que produzem a insulina. Atinge crianças e adolescentes, mas pode acontecer em adultos também. O tratamento é sempre feito com insulina.

Diabetes tipo 2: organismo produz pouca insulina, mas o corpo se torna resistente à ação do hormônio aumentando as taxas de açúcar no sangue. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo. O tratamento pode ser feito à base de remédios e principalmente mudanças de hábitos.

Diabetes Gestacional: ocorre durante a gravidez por conta dos hormônios produzidos pela placenta, podendo evoluir para o diabetes tipo 2 se não cuidado da maneira correta. É tratado com alimentação adequada, prática de atividade física ou medicamentos.

Pré-diabetes: é quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não o suficiente para o diagnóstico da doença. Dá para ser revertido com alimentação saudável e prática de exercícios.

     Sintomas
 Sintomas

  Perda de peso
  Fadiga
  Urina frequente
  Sede com excesso
  Visão turva
  Fraqueza
  Fome excessiva

É importante ressaltar que a manifestação de alguns destes sinais pode ser tardia e, em certos casos, assintomática.

     Complicações causadas pelo diabetes
 Complicações causadas pelo diabetes

  Doenças renais
  Complicações cardiovasculares
  Dores crônicas
  Perda de massa muscular
  Fragilidade
  Problemas oculares
  Disfunção sexual (em ambos os gêneros)
  Amputações

Pé Diabético e amputações

É uma das complicações mais comuns do diabetes mal controlado. Aproximadamente um quarto dos pacientes desenvolvem úlceras nos pés e 85% das amputações de membros inferiores ocorrem em diabéticos, segundo o Ministério da Saúde.

As alterações vasculares e da sensibilidade comuns nas extremidades nos pacientes diabéticos podem evoluir para quadros de úlceras em pele, que por sua vez podem infectar; se estas infecções não forem diagnosticadas precocemente e /ou tratadas adequadamente, podem evoluir para amputações parciais ou totais das extremidades.

Prótese de perna. O membro artificial tem estrutura metálica e pé anatômico.

Diagnóstico e acompanhamento clínico

Diagnóstico e acompanhamento clínico

Realizar consultas médicas e exames periódicos são fundamentais para diagnosticar o diabetes e dar início ao tratamento adequado. Para saber se as taxas de açúcar no sangue estão altas é necessário fazer testes para detectar os níveis de glicose e exame regulares.

Tratamento

Tratamento

O diabetes não tem cura e o tratamento é contínuo, independentemente do tipo e da idade. Cada pessoa precisa de uma atenção especial, como controle e monitoramento da glicemia, tratamento individualizado e consultas periódicas com o endocrinologista.

  Ajuste de medicamentos
  Atividades físicas regulares
  Controle de peso
  Alimentação rica em fibras

  Regulação de sono
  Avaliação de função renal
  Mudança de hábitos nocivos

Prevenção às amputações

Prevenção às amputações

A maioria das amputações causadas pelo diabetes podem ser evitadas com práticas simples de autocuidado, sejam feitas pelos próprios pacientes ou por seus familiares e cuidadores, já que cerca de 30% dos idosos não conseguem alcançar ou verificar os pés regularmente, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. Confira algumas dicas essenciais para melhorar o cuidado diário:

  • Inspeção nos pés: examinar os pés todos os dias em busca de cortes, bolhas, vermelhidão, inchaço ou unhas encravadas. Use um espelho ou peça ajuda.
     
  • Higiene e hidratação: os pés diariamente com água morna (não quente) e sabão neutro. Seque-os completamente, especialmente entre os dedos, para evitar fungos. Use loção hidratante, mas nunca entre os dedos.
     
  • Calçados adequados: usar sapatos confortáveis, fechados, com ponta larga e solado firme, que protejam bem os pés. Evite andar descalço ou usar sandálias abertas, mesmo dentro de casa.
     
  • Meias: troque as meias diariamente, cuidando para não formar dobras. Sempre use meias de algodão e no tamanho adequado. Evite as que tem elástico.
     
  • Acompanhamento profissional: consultar um podólogo ou profissional de saúde para cortar as unhas e tratar calos. O corte caseiro ou inadequado pode causar lesões graves.
     
  • Controle glicêmico: manter os níveis de glicose e hemoglobina glicada (HbA1c) dentro da meta estabelecida pelo médico.
     
  • Avaliações regulares: fazer exames anuais com o médico para testar a sensibilidade nervosa e a circulação dos pés.
     
  • Mudança de hábitos: tabagismo tem impacto nos pequenos vasos sanguíneos que compõem o sistema circulatório, causando ainda mais diminuição do fluxo de sangue para os pés.

Reabilitação de amputados na AACD

Reabilitação de amputados na AACD

O processo de reabilitação para pessoas que tiverem membros inferiores amputados em decorrência do diabetes requer um olhar multidisciplinar dos profissionais de saúde. Na AACD é feita uma avaliação médico-terapêutica cuidadosa e individualizada que não se restringe apenas ao tratamento físico, mas também ao psicológico, nutricional e assistencial. Com a colaboração da família, a reabilitação influencia na autonomia e autoestima do paciente.

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